sábado, 22 de fevereiro de 2014

Viajando em universos, pensei...

e se houver um universo paralelo?


E eu existisse também nesse universo.
Nesse universo, será que meus pais ainda seriam os meus próprios pais, mesmo?
Se fossem outros pais, será que eu não teria outras feições?
E se fossem mesmo outros pais, teria eu outra criação, logo, outra personalidade?

E se o universo paralelo ocorresse simultamente a esse?
Meu outro eu estaria vivendo minha outra vida?
Mas e se o universo paralelo coincidir espacialmente com esse também?
E meu outro eu viver nesse mesmo planeta, nessa mesma era?
Só que eu não me reconheço pois teria outros pais, outras feições, outra personalidade.
Será que meu eu de um universo paralelo na verdade vive no mesmo universo que eu, é exatamente eu, mas eu não me reconheço?
E é paralelo apenas por causa das situações diferentes que viveu.

E se você também tiver um outro você irreconhecível?
E jamais souber disso.

Mas e se todo mundo tiver seu próprio eu de um mundo paralelo, vivendo simultaneamente, no mesmo mundo espacial, dimensional, mas noutro mundo pessoal?

E se tivermos mais de um eu paralelo?

E se forem dois, três? Quatro?
Com saber se não nos reconhecemos?

E se você for meu eu paralelo?
Ou minha mãe for meu eu paralelo?


E se muita gente for meu eu paralelo?

Mas e se todo mundo for meu eu paralelo?
E eu também seja o eu paralelo de todos.

E se todos, na verdade, somos uma só pessoa, que nasceu de outros pais, que também são essa pessoa, porém em épocas um pouco diferentes, em lugares ligeiramente distintos, ainda que seja uma pessoa só?

Quem seria eu? O que me faria ser eu em outro? Mas o que não me faz ser eu em outro?

Ora, se está num universo diferente, que tome suas decisões diferentes, pense diferente, pois nasceu de pais diferentes, logo tem uma cara diferente, uma idade diferente, um tempo diferente. Que as circustâncias nos criem!

Slawek Wojtowicz, 1997
Nos encontramos no infinito?


Como saber se não sou eu?




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