domingo, 7 de dezembro de 2014

Secando pratos com caxemira



Sonhei com a liberdade
Até ela tomar forma
Se antes era camuflada de nuvem
Hoje virou abrir a boca na chuva

Ou brincar com um guindaste
Fingindo ser um pássaro na cidade

Mas tem a liberdade de dentro
Que como o vento,
Canta sem dizer uma só palavra

Esse é a liberdade que me causou
Uma implosão, um vácuo
E apagou as velas
que enfeitavam as lembranças

Liberdade me tornou um pêndulo
Sem relógio

Para onde vou agora
Quando só a mim pertenço
E minha casa nunca se vai embora?

Para que serve a liberdade
Se não para ser buscada com espada e sangue?
Ou para dizer que flores são órgãos reprodutores?