sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Mini-auto-terapia

(mentira, desabafo)


Talvez hoje seja meu aniversário. Bem, se for, isso explica porque eu estou com esta melancolia meio azeda...

"Mas que vc tá sentindo, transnonsense?"
(hoje meu alter ego interpretativo de leitor vai ser legal comigo, ok?)

Ah, pessoa que lê... eu não paro de ficar mais velha. E, pior, sinto que não estou aproveitando meu tempo direito. Meu tempo de vida!

"E o que é aproveitar o tempo para você?"

Ahm... não sei. Mas sinto que não o estou fazendo. Então, deixe-me ver se aproveitar o tempo direito está entre as seguintes coisas que eu não estou fazendo:

-ter um objetivo bem determinado e ir à luta atrás dele!
-ter disciplina, estudar e tirar excelentes notas!
-fazer atividades que me façam crescer profissionalmente

"Só trabalho, transnonsense, tu num tem coração, é?"

Ah, obrigada por perguntar, vontade de desabafar, mas eu tenho uma p*** falta de coragem pra falar dessas coisas, com qualquer um que seja...

"Deixa de ser fresca, caralho!"

Pensei que você fosse ser legal comigo, poxa, talvez hoje seja meu aniversário!

"Blablabla... Fala logo, o que é que você tem vergonha de falar?"

...

"Vai logo, fresca veia!"

Não, sem veia, não acabei de falar que talvez hoje fosse meu aniversário e to sensível com minha idade?

"Cara, vou embora... "

Espera! Tá... vou falar

"Oba, fofoca!"

Eu não agüento mais as porras dos meus amores platônicos, cuja freqüência é de 1/4 anos!!!!!  Não agüento mais tanto romantismo vão! Mesmo esse romantismo descaracterizado, onde eu me sinto vassala! Pronto falei. ME JULGUE!

"Como seu próprio alter ego, o que posso dizer é que não tenho julgamento."

Não?

"Não, tu tens, por acaso?"

Não...

"Então, como é que eu vou criar um do nada? Outro que leia, mais competente em julgamentos, que o dissesse!"

Sua franqueza é inútil, sai daqui!


Enfim sós, eu e você leitor que não sou eu me fingindo de leitora sindrome de wilson?

Não suporto mais meus amores platônicos (eu tenho uma observação muito importante: já vi duas pessoas acharem que amor platônico é aquele amor romântico mas em segredo. Não é o que eu acho, nem o que Platão achava. Eu achava que era aquele amor que faz você fazer o bem à pessoa que ama, sem esperar nada em troca, mas sem ser necessariamente romântico. Poderia ser aos pais, amigos etc. Platão achava isso também. u.u Mas eu vou usar na concepção dos errôneos, por falta de um termo melhor, só hoje. Afinal, hoje eu, talvez, possa fazer o que eu quiser, já que, talvez, seja meu aniversário!)...

Nem lembro mais o que eu ia falar...
Ah, acho que eu ia dizer que isso me faz sofrer, e a vergonha é tanta que não me faz chegar a lugar nenhum, mesmo que meu coração frouxo diga, para minha cabeça, o que ele quer.

"AH MINHA NOSSA, ABRAÇA ESSA CRIATURA!"
diz meu coração

e meu cérebro responde
"ERRO ERRO ERRO ERRO ERRO"

e o resto do meu corpo entra num colapso, com direito a adrenalina e cortisol correndo soltos.
Ai, que mal à saude! Quem mais sofre é o fígado e o estômago. Mas não segundo o coração, que diz que é ele mesmo.



Mas é um fato, às vezes tenho vontade de abraçar pessoas! Terrível! Como não queria poder abraçar? Bem que isso poderia ser um hábito normal, e ninguém achasse estranho ou inconveniente. Maldição! Por que não é assim?

Até falaria sobre quem detém as atenções do meu coração. Falaria se estivesse bêbada. Não é hoje!




E o que mais eu não fiz nesses tempos?


Ah, mas até que conheci mais gente.
Mesmo viajar, viajei. Não tanto quanto gostaria, mas fui ver novos horizontes! E ainda por cima por mérito próprio! Essa era novidade!

Comecei projetos mirabolantes! Porém não terminei nenhum... alguns nem chegaram à metade. Isso me dói, também.


Eu faltei com a coragem. Sim, a coragem, à quem eu dou tanta consideração. Coragem, fé  -faltei com as duas.
A maior dor parece ser essa condição de falta de coragem que ocorre quando se pensa em um "e se não..." que nunca mais se silencia. Essa dor, travestida de realismo, não passa de um medo da frustação.

Por que frustação assusta tanto?
Por que guardar tantos mantimentos internos para o caso da vinda dessa chaga?
Será que desta vez terei o ânimo de trocar o "e se não..." por um "e se não... mas vai de qualquer jeito!"?



Eu não tenho uma conclusão para esse texto. Na verdade, ele está quase do  jeito que me foi saindo da cachola.


E vocês, da irmandade, o que sentem quando é, talvez, vossos aniversários?


E quantos anos parece que eu tenho, com esse texto?



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