domingo, 20 de julho de 2014

Soneto

Primeiro Soneto a Outrém


Desconhecia o enfeite luminoso no peito
Envolto com carinhos de seda, de camurça
Com espontânea predileção por alguém
Que pouco viu o reflexo intríseco lhe feito

Suplícios para esvairecer-se na realidade
Auto-ditos juízos davam-lhe excusas
Luzes argumentavam com tudo o que têem
"A preciosidade está justo em m'a verdade!"

Céus, p'ra quê sementes em campinas sob águas
Se, levantando o amado candelabro assopra
Gélido esse real do fantasma imaginário

Implosão advinda das conclusões das ressalvas
Perdido num lago cinza, um vácuo, agora
Por quê, alma, és cáustica como calcário?

O Conto de Natal do Chá Mágico

pois era natal quando...


De repente, Sara misturou mais ingredientes no seu chá habitual, e o chá virou um chá mágico.

O chá mágico anti-preguiça!

Depois de beber todos dias o seu chá, Sara dominou o mundo.

Aliás, todos os mundos!

Sara descobriu passagens para novos universos, onde, com ajuda de seu chá, ergou sua bandeira pró-Sara.

Num desses universos, ela viu uma Sara-paralela que não misturou o ingrediente secreto no chá mágico anti-preguiça.

A Sara-paralela passou o resto dos seus dias (que foram muitos) lutando eternamente contra a preguiça, que nunca dominou. A vida de Sara-paralela era na internet.

Enquanto isso, Sara era uma tirana maníaca que não queria dividir seu chá.

Também, quem não seria, com tanta coragem, tirânico despreguiçado?