quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Correndo atrás do prejuízo



É claro que ninguém deve realmente gostar de correr atrás de prejuízo, não é mesmo? Qual é o charma, a diversão ou o passatempo em se esforçar para por em dia o que foi deixado para trás? Ora, qeu tarefa pouco grata. Ainda mais pela razão de que, ao se alcançar a meta de por o prejuízo em dia, a única recompensa é essa mesmo: estar em dia. Fim. Nada de extraordinário.

Por alguma razão, eu tenho especial nojo em correr atrás de prejuízo. Muito mais me compraz jogar tudo fora e recomeçar do zero, fazer tudo de novo em vez de consertar. Treinando piano, por exemplo, eu prefiro recomeçar um música quando eu erro uma parte no meio do que tocar apenas onde eu errei de novo. Porém, tal filosofia nem sempre é viável ou plausível.

Diferente do piano, onde eu posso facilmente recomeçar uma peça, recomeçar a universidade não é tão trivial. Eu tenho vontade de sair do meu curso, resetar e começar tudo de novo. Mas isso sequer é possível! Não posso recomeçar meu próprio curso na minha atual universidade, é contra as regras internas de lá. Além disso, mesmo indo para outro curso semelhante, eu perderia muito tempo, jogaria muita coisa fora.

Aparentemente, o melhor custo benefício é correr atrás de médias baixas só pra me formar. Sabe o que isso me parece? Que eu esqueci de por sal no arroz, agora eu tenho uma panela enormo só dele, e por o sal depois de pronto fica sempre meio ruim. Só que numa versão muito pior e mais grave.

Minha ambição é cortada para "tenho que passar com MM" ou então, quando é tarde demais "tenho que reprovar com MI, não II". Outras esperanças não são mais concretizáveis. E cada semtre eu pioro, fico mais desmotivada pelo acumulo de fracasso. Parece muito com os sonhos repetidos que eu tenho: quando estou na rua e preciso usar o banheiro público, mas todas as cabines estão imundas, é horrivel ter que usá-las, mas eu tenho que o fazer mesmo assim, com muito asco e apenas por necessidade.

Vei, na boa. Estou odiando minha vida, sinceramente. Correr atrás de prejuízo é a cada menos empolgante do mundo que eu tenho que fazer por obrigação. Que merda.