sábado, 30 de novembro de 2013

Cronem

Antes de continuar a postagem que pretendia, eu queria entar no mérito da moral - os axiomas que definem minha visão do mundo.
Começar do zero, ou o mais próximo que conseguirmos.Quebrando todos os medos.

E por que não transformar numa narrativa, algo menos pendante?
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Qualquer super poder que ninguém mais tivesse seria o maior poder que existiria. Dito isso,  Sabrina pode criar seu próprio super poder.
Como? Aquelas palavras dentro de um garrafa de vidro, gritadas tão alto que seriam impossível desaparecerem, junto ao material recém descoberto, que torna um padrão no tempo em um padrão no espaço - as palavras viraram uma coisa! Algo palpável, perecia que tinha cheiro de ozônio, transparente azulado, em um formato desigual, talvez fractal, de um tamanho que cabia dentro de uma garrafa.

O material etéreo, depois de fundido a uma ação, a uma palavra, se tornava uno com esta, de tal maneira que se sua forma fosse alterada, também seria o que acabou de acontecer.
Não somente isso: agora a cientista tinha controle de refazer qualquer ação que transcorreu no tempo, pois uma vez que sua forma atual fosse desfeita, também o era a realidade que copiou.

Para ficar imune e saber o que foi feito com o material, Sabrina usou uma porção separada deste, que podia transmitir as informações de todas as transformações e rearranjos do primeiro material.

O Cronem.


"O que posso fazer com isso...? Tudo, já que tudo pode ser desfeito!"

Em sua epifânia, ela olhou ao seu redor. Já passara das três da manhã. Ela estava mais uma vez sozinha no laboratório. Estava um pouco escuro, só havia luzes acesas acima de poucas bancadas, perto de onde Sabrina manipulava seu experimentos.
A cientista olhou para as câmaras de segurança, todas ligadas. Ela pegou as garrafas que estavam em frente e colocou, por de baixo da mesa, algo dentro de cada uma. Um movimento sugere que ela tenha tampado as garrafas, cada uma de uns 200 ml, e as colocado cada uma dentro de um bolso do jaleco. Ela arrumou um pouco as coisas em cima da bancada, fez algumas anotações e se retirou.
Ela saio do labaratório. Pegou o elevador e subiu, do sobsolo ao térreo. Ela sentia um calafrio, mas precisava testar novamente sua descoberta. Precisava sentir todo o poder quehavia conseguido.
Chegando na saida, Sabrina pegou, de um dos seus bolsos, uma das garrafas, retirou a tampa e derramou, em sua mão, um pouco do material azulado. Derrubou, então, deliberadamente um vaso de flores vermelhas perto da recepção, um estrondo que fez soar a segurança; o laboratório era bem protegido.  O alarme soava, logo chegaria alguém para ver o que se passava.  A moça, então, voltou sua atenção ao que tinha em sua mão. O material crescia vagarosamente, em formas mais longas, e ficava mais fino nas pontas, com desenhos que lembravam flocos de neve. A cientista, então amaçou um pouco das pontas. Imediatamente ela estava perto do caso de flores. Ele estava lá intacto, o alarme não tinha soado. Nunca. A realidade voltou a trás.
Mas Sabrina sabia de tudo que ocorrera. Ela estava guardando outra amostra do material, que de certo modo, se conectou a ela, não deixando a realidade que são as memórias se alterarem, como haveria de ser caso não houvesse esse backup.

Naquele silêncio, a mente da jovem em um jaleco branco trassava planos. Desde que soube da possibilidade do Cronem, ela já tinha começado a idealizar o que faria com ele. Todas suas ambições, todas as palavras que ela poderia dizer. Todas as experiências, e todas as vinganças. Tudo seria real, e em seguida não seria mais, então haveria toda a liberdade do mundo!

Aquele sorriso em sua face denunciaria seus pensamentos. Ela saio do prédio, e foi em direção ao seu carro. Enquanto dirigia, continuava sorrindo, pensando em suas possibilidades. Afinal, para que se preocupar, se caso algo desse errado, era só voltar ao passado.


A primeira coisa que fez ao amanhecer foi comer aquele pote de creme de avelã. E por que não, tomar aquele vinho caríssimo que ganhara no natal? Deleitando-se com isso, deitada no sofá, já prestes a se atrasar para voltar ao laboratório, era melhor desfazer tudo aquilo. Sabrina pegou a sua garrafa do misterioso Cronem, abriu, derramou-o e o amaçou. Estava de volta a seu quarto, quando recém havia acordado. Poderia tomar aquele vinho eternamente, pensou. Não haveria diferença. Talvez fizesse isso de novo. E por que não agora?
E assim o fez, mas variou, ao invés de creme de avelã,  resolveu esquentar uma pizza. Repetiou o processo de desfazer a realidade. Chegava já? Ainda havia tanta coisa para ser feita naquela manhã. Mas tanta coisa a ser feita no resto dia. Então Sabrina saiu, levando o seu Cronem em uma maleta.

O que mais poderia fazer hoje? Ou quantos dias fossem durar o seu hoje em sua mente?

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 Eu fiquei exausta em pensar como alguém que ainda queira se vingar, viver um caos. Resolvi que eu vou deixar pra continuar minha narração aos poucos. Vai ser mais divertido!

Então, quero poder avaliar a moral em completa nudez, sem medo de pecar pois o que eu fizer não será registrado pelos outros, só por mim, e sem avaliação externa, o que há a temer? Agora fiquei ansiosa pra continuar minha estória para poder analisar o que eu quero, mas eu decidi ficar cativa dela =D

Continuo essa viagem depois.

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