quinta-feira, 7 de julho de 2016

A tal da Autoconfiança



Faz tempo que me permeia na cabeça falar sobre autoconfiança, mais especificamente do que condiz sobre a fé que nós temos em nós mesmo em as nossas capacidades (ou a falta de fé)

Vou começar me citando e cituando nisso tudo. Quando eu era criança, eu tinha plena confiança nas minhas capacidades, sabia que com treino e concentração eu poderia atingir todos meus objetivos. (Claro, talvez isso tenha sido influência dos diversos animes que eu assistia, mas isso é indiferente, pois, afinal de contas, eu conseguia de fato atingir meus objetivos).

Quando eu estava no terceino ano do ensino médio, sendo um nerd esquisitinha com belas notas, eu percebi que eu gostava de estudar, e o que eu mais queria era estudar para sempre, ou em outras palavras, ser pesquisadora, ser acadêmica. Passaram-se alguns anos e admito que não consigo me despreender dessa ambição. Entretanto, diferentemente do meu Eu do passado, eu não acredito mais que eu seja capaz -eu simplesmente não me acho mais inteligente o bastante; eu reprovo matérias, estudo, estudo e fracasso; às coisas nem sempre entram na minha cabeça. Eu compreendo que essas coisas acontecem com outros alunos no meu curso, porém ainda afeta minha autoestima, minha autoconfiança. Mas o que eu posso fazer quanto a isso?

Eu já conversei com inúmeras pessoas sobre isso, entrei em vários aspectos do problema, tentei entender de todas as formas, padronizar o sucesso e o fracasso. Para mim, uma diferença entre a Eu do passado e a de agora, é essa total falta de autoconfiança. Esta resulta no seguinte padrão de pensamentos subconscientes:

"talvez, quiçá se eu me concentrar muito nisso aqui para entender, eu compreenda tudo. Mas se eu me concentrar e não compreender, significa que eu não sou capaz de nada e mereço toda a humilhação do mundo, toda a desgraça, toda a inglória! Melhor não me concentrar para não correr esse risco..."

Às vezes até compreendo um pouco, aí resolvo que mereço um descanço, um prêmio, mas isso é mérito para outra postagem.

Em contrapartida, meu Eu da escola resolvia essa mesma questão do seguinte modo:

"ah, deixa eu pensar, processar isso aqui... ... ... ... ... ... ... ... Pronto! Curti, quero mais!"

-Porque, afinal, se concentrar dá trabalho, mas é gostoso!

Parece simples de se resolver, mas acho que eu perdi a prática também, não apenas a autoconfiança. Mas, como eu havia dito, eu falei sobre essa condição com várias pessoas. E isso é um problema!

O primeiro problema é que boa parte das pessoas não sabe do que eu estava falando. Também podera, não é um assunto recorrente sobre como uma jovem adulta enfrenta os problemas psicológicos da vida acadêmica. Antes fosse de relacionamento ou de beleza, mas isso não vem ao caso.

O segundo -e grande- problema é que uma parte maior ainda das pessoas trava o seguinte diálogo contigo:

"Ora, ora, ora... você, com problema de autoconfiança, heheheh... venha cá, me dê sua mão e eu lhe apresentarei os confins do inferno da dúvida!" - diz aquela amizade de confiança

"Mas, mas... eu não quero ir para o inferno..." - você balbuceia de volta

"Minha querida, no inferno você já está e para sempre, só me ofereci para mostrar os confins, os cafundós, os becos, pois eles eu já conheço e de lá nunca sai, hahahahah!" - lhe responde

(aqui cabe a curiosidade que se você tivesse se aberto a um estranho, seria mais provável que esse estranho não tivesse diminuido ainda mais sua autoconfiança, pela estranha razão de que pessoas estranhas possuem uma áurea, um mistério que as torna perfeitas, enquanto que sua melhor amiga não apenas já peidou na sua frente, demonstrando a desclassificada posição de humana dela, como também já lhe confessou outros segredos que a fizeram parecer com você mesma, outra reles humanóide)

Nós somos maus! Nós nos prestamos em jogar quem tá por baixo ainda mais ao fosso! E fazemos isso porque nós compartihamos dessa desgraça! Isto é, quem não tem autoconfiança, não pode oferecer confiança ao demais.

Contudo, mantenhamos a calma, nem tudo são trevas!

Se tivermos a tal da autoconfiança, saberemos elevar os ânimos alheios. O que pode ser mais caridoso do que dizer a sua amiga "VEI, tu consegue, sua linda!" -quando realmente se quer dizer isso, com a sinceridade genuína de quem acredita pela própria experiência?

Autoconfiança, meus amigos, extrapola os egoísmo do sucesso: esta é uma grande solidariedade!

Se eu ousasse fazer afirmações absolutas superlativas, diria que ser autoconfiante é a melhor coisa que alguém pode ser ao próximo!

(lembrando que se trata sobre a autoconfiança da serenidade da certeza, e não a arrogância da insistência em si mesma num terreno duvidoso. Arrogância, apesar de sexy, é uma mentira, uma pretenção à autoconfiança, por isso não poderia elevar outros espíritos a grandes realizaçãos, ao menos não espíritos aos quais não se tem suficiente respeito. Mas é atraente, vai entender)

Então, leitora, espero que você dê todo o carinho do mundo à sua autoconfiança, para que ela cresça forte, saudável e fértil! Porém, isso me faz relembrar... como eu resolvo o problema da minha vida acadêmica e recrio essa tal de autoconfiaça?

Creio que, como tudo na vida, é melhor ir devagar. Minha meta para tanto é criar pequenos desafios e toda vez que um desafio for resolvido, a autoconfiança cresça sozinha. Por isso, talvez eu recomece com desafios realmente pequenos lá na universidade...

De qualquer forma, eu não desistirei. Até porque isso não é mais uma questão apenas sobre mim mesma. Agora eu faço por todos que cruzarão meu caminho!

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