domingo, 20 de julho de 2014

Soneto

Primeiro Soneto a Outrém


Desconhecia o enfeite luminoso no peito
Envolto com carinhos de seda, de camurça
Com espontânea predileção por alguém
Que pouco viu o reflexo intríseco lhe feito

Suplícios para esvairecer-se na realidade
Auto-ditos juízos davam-lhe excusas
Luzes argumentavam com tudo o que têem
"A preciosidade está justo em m'a verdade!"

Céus, p'ra quê sementes em campinas sob águas
Se, levantando o amado candelabro assopra
Gélido esse real do fantasma imaginário

Implosão advinda das conclusões das ressalvas
Perdido num lago cinza, um vácuo, agora
Por quê, alma, és cáustica como calcário?

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